Alta Comissária para os Direitos Humanos pede "divulgação completa" de informações sobre morte
"Continuo a defender uma divulgação completa dos factos precisos", declarou Pillay, quando questionada se tinha ficado satisfeita com as explicações norte-americanas sobre a legalidade da operação. "Penso que não só os meus serviços, mas todos têm o direito de saber exatamente o que se passou", disse a alguns jornalistas durante uma visita a Oslo.
Na véspera, o procurador-geral norte-americano, Eric Holder, assegurou ao Senado que a operação das forças especiais norte-americanas no Paquistão foi "completamente legal" e resulta de um "acto de legítima defesa" dos Estados Unidos.
O caráter contraditório de algumas informações, nomeadamente sobre o facto de Bin Laden estar armado no momento da intervenção, levantou dúvidas sobre a vontade do comando norte-americano de capturar vivo o líder da Al-Qaida.
Para Pillay, se "as Nações Unidas condenam o terrorismo (...), elas também têm regras elementares sobre o modo como as atividades de contra-terrorismo devem ser conduzidas". "Isso deve ser feito de acordo com as leis internacionais", disse, sublinhando que estas leis não autorizam, por exemplo, "a tortura ou as execuções extra-judiciais".